Rede de Sementes do Xingu é tema da Série de Reportagem: Empregos na Floresta, que mostra o manejo sustentável na região amazônica
Brasil, região centro-oeste, Mato Grosso, zona de transição entre os ecossistemas Amazônico e Cerrado. Até a década de 1960 floresta era sinônimo de subsistência para os povos que ali viviam. A partir dos anos 1970 o governo federal optou por integrar a região Amazônica: ocupar o território era preciso. Não havia espaço para ideias conservacionistas e o meio ambiente sofreu.
Nessa época a política do governo era desmatar. A floresta em pé não tinha valor algum. Somente a partir da década de 1990, e principalmente nos primeiros anos do século XXI, é que a preocupação com o meio ambiente passou a ganhar força na sociedade brasileira.
A série Empregos na Floresta, que o Jornal Futura exibe entre hoje e sexta-feira, mostra que existem opções viáveis de geração de emprego e renda que favorecem a manutenção da floresta.
Aproximadamente quinhentas mil pessoas trabalham em atividades que buscam manter a floresta em pé em todo o país, desde à coleta de sementes à exploração de frutos como a castanha e o açaí, além dos óleos e resinas. Em 2011, de acordo com o IBGE, a produção florestal somou 18 bilhões de reais – e o extrativismo foi responsável por 30% desse total.
Ao longo de três reportagens a série mostra como um lugar dominado pelo cultivo da soja e da pecuária começa, ainda que de forma incipiente, a buscar uma alternativa de trabalhos sustentáveis, que visem a manutenção da floresta. Todas as histórias mostradas giram em torno da atividade de coleta de sementes.
Na primeira matéria, com exibição nesta quarta-feira (12), conhecemos a realidade de coletores urbanos de Nova Xavantina, na região nordeste do Mato Grosso e a importância da criação da Rede de Sementes do Xingu – uma espécie de cooperativa que reúne cerca de 350 coletores.
Na quinta-feira (13) a reportagem vai a São Felix do Araguaia, na divisa com o estado do Tocantins, para mostrar como fica a demanda por sementes nativas em função do código florestal.

Equipe com o cacique Damião Paridzané. Foto: Divulgação/Futura
A série se encerra na sexta-feira (14) no território dos Xavante Maraiwatséde, que tiveram as terras definitivamente demarcadas e devolvidas no final de 2012, após anos de disputa.
A reportagem conversou com o cacique Damião Paridzané e mostra como os índios estão recuperando o território e a mobilização da aldeia, principalmente das mulheres, que se uniram em torno da coleta de sementes.
QUANDO VER
Jornal Futura
De segunda a sexta, ao vivo, às 17h
Reprises: 23h
Fotos e texto: TV Futura