Xingu Araguaia

Linha do Tempo

2012

Lançamento do Box “A Resposta da Terra”

A AXA participa ativamente da Cúpula dos Povos, na Rio+20. Lá sao aparesentados vários materiais do trabalho da AXA na região do Araguaia Xingu, tendo destaque o documentário “A Resposta da Terra” e as duas publicações “Realidade e História do Araguaia Xingu” e “Iniciativas socioambientais do Xingu Araguaia”.

Materiais: Folder, Banners e documentário.

2009

Criação do assentamento Bordolândia

A fazenda considerada improdutiva foi alvo de uma disputa judicial entre o governo e os proprietários que se arrastou por 11 anos. Em uma dessas decisões, os trabalhadores que já estavam assentados na área foram expulsos pela justiça. Apoiados pela CPT e pela AXA acamparam na BR 158, ao lado da fazenda, onde permaneceram até o dia em que puderam entrar definitivamente na área.

2009

Greenpeace lança o relatório “A Farra do Boi na Amazônia”, denunciando o desmatamento da pecuária na Amazônia

O relatório minucia as relações entre o desmatamento, a criação do gado e o aquecimento global.  Denunciando a criação do gado e as plantações de soja em terras indígenas no Araguaia Xingu.

Baixe o relatório aqui

2008

Projeto de lei do ZSEE/MT, são realizadas as audiências públicas

O polêmico projeto de lei do governo de Mato Grosso recebeu inúmeras críticas por parte dos técnicos e da sociedade civil e mesmo assim foi sancionado pelo governador Silval Barbosa em 2011, no entanto a lei foi suspendida através de uma liminar expedida em abril de 2012 pelo Ministério Público.

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2008

I Feira de Iniciativas socioambientais em Canarana, no âmbito da Campanha Y´Ikatu Xingu

Mais de mil pessoas participaram do II Encontro Nascentes do Xingu e da I Feira de Iniciativas Socioambientais. Na ocasião, criou-se um espaço de diálogo entre lideranças indígenas, ambientalistas, grandes produtores rurais e produtores familiares, representantes de órgãos públicos e da sociedade civil, se tornando um marco para a região.

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2007

É criada a Articulação Xingu Araguaia (AXA)

Na visão das organizações socioambientais que criaram a Articulação o território Araguaia Xingu é uma aliança de duas bacias ao redor do eixo da BR-158 que aspira a uma realidade mais justa e pacífica. Os projetos visam que se integre a riqueza da diversidade social com a sustentabilidade de seus meios de produção.

2006

Publicação do relatório do Greenpeace “Comendo a Amazonia” denuncia o desmatamento criado pela soja

O documento faz um alerta global sobre a expansão do agronegócio e perda de floresta na Amazônia. E revela a forte pressão do setor sobre o o Araguaia Xingu

Baixe o relatório aqui

2006

Início da Campanha Y´Ikatu Xingu

A Campanha foi criada para atuar junto a região da baixa do Rio Xingu,  que está sendo fortemente pressionado pelo avanço do agronegócio, sobretudo pela soja.

Mais informação no site da campanha: http://www.yikatuxingu.org.br/

2000

Audiência Popular contra a hidrovia do Araguaia

Diante da ameaça da  implatação da hidrovia, foi realizada uma Audiência Popular contra o empreendimento. O ato, organizado pela Prelazia de São Félix do Araguaia, reuniu mais 600 pessoas para defender o Araguaia.

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1998

Homologação da TI Marãiwatsédé

Mesmo sendo homologada através de um o decreto presidencial, a T.I  enfrentou diversos recursos judiciais de manutenção de posse dos invasores. Descontentes, um grupo de Xavantes retornou a região. Lá  acamparam na beira da BR 158 onde permaneceram até 2004, quando receberam uma parte da terra que representa apenas 10% do território a que eles têm direito.No final de 2012 o governo brasileiro execultou a desintrusão da terra e retirou os invasores.

LInk

1992

Demarcação e homologação da TI Urubu Branco

Há 20 anos a terra indígena foi demarcada. No entanto, parte dela se encontra invadida por grileiros que plantam soja e criam gado de forma ilegal.

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1980

Criação dos primeiros assentamentos da região

A partir dos anos oitenta inicia-se na região a política de reforma agrária comandada pelo Instituto de Colonização e Reforma Agrária (INCRA). Atualmente existem 85 assentamentos na região.

1976

Assassinato do Padre João Bosco Burnier em Ribeirão Cascalheira e erguimento do Santuário dos Mártires da Caminhada

A morte de Burnier ainda hoje é um dos mais fortes símbolos da luta travada entre o latifúndio e posseiros. Sua morte deu início aos Mártires da Caminhada, manifestação religiosa que é realizada anualmente em Ribeirão Cascalheira, desde 1988.

1975

Criação da Comissão Pastoral da Terra

Fundada durante e oposição a política da ditadura militar, a Comissão Pastoral da Terra foi constituída como resposta à grave situação dos trabalhadores rurais, posseiros e peões, sobretudo na Amazônia.

Link

1973

Chegada dos primeiros colonos de Tenente Portela (RS) a Canarana (MT)

Dentro da política colonizadora vigente na época, moradores do sul do país foram atraídos para região através de  incentivos fiscais do governo, além do baixo valor das terras. Dentre as muitas histórias, se destaca a dos colonos vindos de Tenente Portela (RS).

1973

Começa a abertura da BR-158

Nos anos 70 a região foi ligada ao território por uma precária estrada federal de terra. A BR-158 que atravessa o país de norte a sul precisou esperar trinta anos para ver o asfalto chegar no Araguaia. Ainda assim dos dos 800km da rodovia em MT, 400 km são estrada de terra esburacadas.

1972

Primeira Assembleia do Povo  São Félix do Araguaia

Realizada no distrito de Pontinopolis a Assembleia foi o primeiro encontro popular de lideranças da região. O encontro, organizado pela Prelazia de São Félix do Araguaia, aconteceu no meio do clima de repressão da ditadura militar e dos crescentes conflitos com as Fazendas. Ali esse grupo pode debater pela primeira vez os problemas enfrentados por cada um dos lugares ali representados. As pautas foram: terra, saúde, escola e repressão. Esse foi o embrião da criação de uma base de organizaçao popular da região.

1972

Criação do Conselho Indigenista Missionário

O Cimi é um organismo vinculado à CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) que, em sua atuação missionária, conferiu um novo sentido ao trabalho da igreja católica junto aos povos indígenas.

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1971

Ordenamento episcopal de Pedro Casaldáliga e lançamento da carta pastoral “Uma igreja em conflito com o latifúndio e a marginalização social”

Em 24 de outubro de 1971, um dia depois da consagração como bispo da Prelazia de São Félix do Araguaia, Dom Pedro Casaldáliga  distribuía sua primeira carta pastoral: Uma igreja da Amazônia em conflito com o latifúndio e a marginalização social.

Link da Carta Pastoral

1970

Paulo IV cria a Prelazia de São Félix do Araguaia

A Prelazia é a organização social mais forte e que está há mais tempo presente do território do Araguaia Xingu. Seu trabalho abrange 15 municípios e vai de Ribeirão Cascalheira a Vila Rica.

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1967

Resistência dos posseiros de Santa Terezinha frente à fazenda CODEARA

O latifúndio recebeu um título do governo que abrangia mais de  150.000 ha e incluía tanto a sede do povoado quanto as propriedades dos primeiros moradores. Ameaçados e prestes a serem expulsos de suas terras, com o apoio do padre Francisco Jentel  deram início ao grande movimento de resistência.

1966

Expulsão dos Indígenas de Marãiwatsédé pela fazenda Suiá Missú

Um acordo, envolvendo os Ometto (donos da fazenda), a FAB e o SPI (antiga Funai) decidiu pela retirada forçada dos Xavante de suas terras para a Missão Salesiana de São Marcos.  Essa remoção forçada marca o início da luta do povo Xavante pela retomada de suas terras.

1961

Criação do Parque Indígena do Xingu

Criado durante o governo de Jânio Quadros o Parque foi resultado de vários anos de trabalho e luta política, envolvendo os irmãos Villas Bôas, Marechal Rondon, Darcy Ribeiro  e muitos outros.

1952

Chegada das Irmãzinhas de Jesus à aldeia Tapirapé

Os Tapirapés  tinham sido alvo de vários ataques dos índios caiapós  e de doenças trazidas pelo branco, juntos os fatores dizimaram o grupo. A fraternidade se instala para dar assistência médica à aldeia que na época somava apenas 70 indivíduos.

Fonte: http://pib.socioambiental.org/pt/povo/tapirape/1009

1948

Constituição do município de Barra do Garças

Com a emancipação, Barra do Garças  passou a ser o maior município do mundo, abrangendo uma área de 73,476 mil km².

1944

Começo da construção de Nova Xavantina-MT

No dia 14 de abril de 1944 a Expedição Roncador Xingu lançou o marco número um da campanha, a Vila de Xavantina.

 

1943

Expedição Roncador Xingu

A Expedição desbravou o sul da Amazônia e travou contato com diversas etnias indígenas.  A ação liderada pelos irmãos Villas Bôas, fazia parte do plano do governo “Marcha para o Oeste”.

 

1932

Construção da igreja do morro em Santa Terezinha

Depois de mais de 30 anos da presença dos padres dominicanos no povoado,  a igreja de Santa Terezinha é erguida passando a ser a primeira construção pública da região.

fonte: Wikipédia

1887

Expedição científica de Karl von den Stein ao Xingu

Como resultado de seus estudos durante a viagem pelo Rio Xingu e seus afluentes, o antropólogo publicou o livro Unter den Naturvölkern Zentral-Brasiliens (Entre os Povos Nativos do Brasil Central).

1775

Carta escrita desde a Ilha do Bananal para o Império Português

Em meio a estes primeiros registros históricos, destaca-se a carta escrita pelo alferes José Pinto da Fonseca, ao governo de Portugal. Nela, o alferes narra o contato pacífico com os Karajá, etnia que habita a Ilha até os dias de hoje.

1673

Exploração da região pelo bandeirante Manoel de Campos Bicudo

As primeiras notícias sobre o Araguaia Xingu surgem em meados do século XVII, quando bandeirantes atravessaram o Araguaia. O objetivo era capturar índios para depois vendê-los como escravos.

Xingu Araguaia

Conheça mais sobre a região

A região do Araguaia Xingu

As entidades da Articulação Xingu Araguaia realizam suas ações na região que está localizada entre dois importantes rios que lhe dão o nome, na transição do Cerrado para a Amazônia, no nordeste de Mato Grosso.

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A economia regional

O processo de ocupação da região é fundamental para entender sua atual estrutura econômica. Metade da produção regional é composta pelo setor de serviços (50%), seguido pelo setor agropecuário (40%), e por último, por um inexpressivo setor industrial (10%) que se limita a produção de bens e serviços vinculados ao setor primário, altamente intensivos em recursos naturais e de pouco valor agregado.

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A dinâmica do Campo

Como em outros lugares do Arco do Desmatamento, a agropecuária é o que move uma parte importante da economia regional. O setor gera cerca de 1,6 bilhões de reais por ano, representa 40% do PIB da região.

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A sociedade

Em paralelo à concentração nas capitais, a região apresenta um índice de ruralidade de 32%, quase o dobro que o resto do Estado (18 %). A distribuição de renda é altamente desigual. Calcula-se que uma parte importante da população encontra-se abaixo do nível de pobreza, aproximadamente 100.000 pessoas em 2011.

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Patrimônio ambiental

A região Araguaia Xingu é um particular lugar de encontro entre os biomas do Cerrado e da Amazônia. Os dois principais rios que lhe dão o nome delimitam suas fronteiras – o Araguaia ao leste, e o Xingu ao oeste –, sendo suas bacias alimentadas por rios importantes como o Rio das Mortes, o Xavantinho, o Tapirapé e o Beleza na bacia do Araguaia e os rios Culuene e o Suiá-Missú na bacia do Xingu.

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