Andamento do Projeto Horta nos Assentamentos

No primeiro semestre desse ano, iniciou­-se o projeto fomentado pela OECA/ANSA, em parceria com AXA e apoio de Manos Unidas, para pequenos agricultores familiares da região Araguaia. Estamos acompanhando o projeto desde o começo, leia nossa matéria anterior. E atualmente, conta-se com 5 assentamentos (P.A. Dom Pedro, P.A. Mãe Maria, P.A. Casulo Vida Nova, P.A. Casulo Boa Esperança e P.D.S. Bordolândia) em 3 municípios do baixo Araguaia (São Félix do Araguaia, Alto Boa Vista e Serra Nova Dourada). Muitas famílias se beneficiaram desse projeto tanto como complemento da alimentação da família, quanto para complementar a renda familiar. A ANSA apoiou além de incentivo com doação de telas, sombrites, enxadas, baldes, carrinhos de mão, regadores e diversos tipos de sementes.  Foi criado um grupo de Whatsapp para ser uma ferramenta de auxilio entre as comunidades, através de trocas de experiências e apoio, eles conseguiram ver e testar muitas técnicas diferentes no plantio e cultivo. Além de fazerem trocas de mudas e de hortaliças em ponto de consumo, fazendo assim uma rede de amizades entre eles.

Horta da D. Alderice Silva de Souza

O projeto teve muitos benefícios para os integrantes, inclusive para a saúde mental. “– Foi um certo tipo de terapia, porque, a gente ficou muito preso por conta da pandemia e a gente ensina até os nossos filhos, inclusive também, tenho uma pequenininha que sempre me ajuda do começo ao fim, principalmente na colheita.” Diz, Selma Torquatro Lima, moradora do P.A. Casulo Vida Nova.

Dona Maria Aparecida da Silva nos relata que a sua produção foi tão boa, que sobrou produtos para serem vendidos. ‘’- A gente sempre veio pelejando, não conseguia e nunca dava certo, agora deu certo, fizemos um plantio muito bom deu muitas coisas boas. E conseguimos vender muita coisa e consumimos muita coisa também foi muito bom!’’

Coordenadora do Projeto, Ana Lúcia Silva Souza visita a horta da D. Maria Aparecida da Silva.

Deu tão certo o projeto que todos vão continuar com suas hortas e alguns ainda pretendem amplia-las para terem uma renda melhor. ‘’- Para mim foi muito bom. Mas eu quero é crescer mais, para eu poder plantar as coisas e vender para eu ter uma rendinha, porque o pouquinho que a gente ganha já é bom”. Diz, Deusirene Cardoso moradora do P.A. Dom Pedro.

Canteiro de cebolinhas da horta da D. Deusirene Cardoso

Neste período de chuvas as produções tendem a reduzir, pois para algumas hortaliças não é muito bom a quantidade excessiva de água e o mato também se torna mais resistente, mas os integrantes do projeto continuam firmes e esperançosos para o ano que vem, após o fim das chuvas, para continuarem produzindo mais. Mas nesse período tem muita coisa que resiste como o jiló, a cenoura, a beterraba, pimentas e entre outras. ‘’- Colhi bastante alface, almeirão, rúcula, agora tem quiabo, tem jiló, porque aí com muita chuva tem que substituir por outras espécies, mas foi muito bom.’’ Nos conta Eliane Righi, moradora do P.D.S. Bordolandia.

Eliane Righi mostra sua produção de alfaces.

Plantação de Jilós da horta da D. Desirene de Jesus.

 

Até o momento, o projeto Hortas nos Assentamentos contemplou 51 famílias, 21 famílias a mais que o previsto no começo do projeto.

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